sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

(Re)Encontros

O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!

(Mário Quintana)

Iniciação

Nada mais me pertence. Meus sonhos, meus medos, as coisas que sou e não sei, as coisas que quero e não fui. Como posso impedir o inévitavel, se já não sou o que era momentos atrás? E meus pés, que fazem eles? Não me respeitam mais e lhe acompanham como se tivessem, para sempre, sido seus. Como se atrevem, você e essas partes todas de mim? Não me reconheço mais sabendo o que sei agora. Entendendo que o que mais quero é deixar que me leves pelo braço, flutuando nesse bosque-mar que vislumbro, ambos se iniciando em algo mútuo, torcendo sempre para que bons ventos possam alcançar.

Maíra Viana
(Dialogando com "Sina nossa")

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Eu tenho fome de vida!



Vagueando pela inconstância da vida

percebo a cada dia que não sei viver pela metade...



Tenho fome de vida...


De amores intensos;

De relacionamentos sólidos;

De amizades verdadeiras.




Esta fome me consome de forma quase inevitável

E exaustivamente busco saciá-la



Tenho fome de vida...



Fome de dar e receber abraços;

Fome do sol e do luar;

Fome de sentimentos autênticos;

Fome de lutar e de vencer.



Tenho fome de vida...



E por isso preciso alimentar-me:

De sorrisos;

Alegrias;

Sonhos;

Fatos;

Amor;

Saudades

...



Tenho fome de vida...


Então, quero sair por aí demonstrando minha arte,

Sendo eternamente eu

Sem precisar pensar no hoje ou no amanhã.



E não importa se faz sol ou vai chover

As nuvens sempre estarão no céu, no som e no meu coração

Porque eu tenho fome de vida.



E você, tem fome de que?


Mônica Bacelar

Ps: Texto inspirado no tema do novo cd da banda @nuvens_oficial










sábado, 5 de fevereiro de 2011

...

O vento vai

A onda vem

Palavras voam

Dizem o que convém



O sol revela

As pedras denunciam

As coisas podem não ser

O que pareciam



Ela estava ali

Sentada a beira de um caminho

Talvez nunca mais voltará

Para o que um dia foi o seu ninho



Vejo amores sendo levados pelo mar

Anjo, tira a poeira das asas

Está na hora de voltar a voar!

Talvez pra lá não se possa mais voltar



A praia estava ali

Nua e semi-desertica

Talvez pra me mostrar

Que não dá pra ser sempre tão cética



Vi a água levar amores

Escritos na areias

Sem horas e sem rancores

O sol clareia



A culpa é do calor

A culpa é do mormaço

A culpa é pra enganar a dor

E esquecer do cansaço



Maresia.
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